domingo, 17 de abril de 2011

Morte!


Também agradeço se a morte for a cura e não a consequência.



Quero, quero, quero...


Quero morrer
Quero morrer, morrer...
Quero que a luz se extinga,
Quero que a chama se apague,
Quero entrar em rigor mortis,
Quero desaparecer deste mundo
E entrar nas estatísticas dos dados mortos.
Quero morrer, desaparecer, desvanecer-me em fumo...
Morte aqui espero o teu quente abraço
Leva-me contigo que eu não olharei para traz...



Meu coração mas uma vez morreu
Meu coração partido estas
Meu coração se quebrou-se ao meio
Mas continua sangrando, mesmo aos pedaços ainda sangras

Coração morto
Coração triste
Coração decepcionado
Coração obscuro é alegre

Me joguei do penhasco
Deixei os meus sentimentos de lado
E me joguei do penhasco
Com o coração sangrando

Será que eu morri?
Ou simplesmente sonhando, um pesadelo?
Eu deixei meus sentimentos morrerem
Morrem mas uma vez

Me joguei no lago negro
Me joguei chorando
Chorando com o coração partido
E sangrando

Nunca pensei que algum dia me sentiria assim
Coração sangrando é partido
É meu coração sangrando
É minha mente obscuro que eu amo de mas

Sentimentos que agora não sinto mas
Não sinto meu coração não mas
Quero um sinal de que estou viva
Um sinal do meu coração, do meu coração parar de sangrar


Eu sou assim .
Não me julgue .
Porque me sinto diferente .
Porque penso diferente .
Porque me visto diferente .
Diferente dos outros .
Assim sou eu .
Então só me aceite .
Pois eu nunca mudarei .




A DOR QUE DÓI MAIS

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas. 
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.
(Martha Medeiros)



"É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste..."
(Vinícius de Moraes)



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