domingo, 15 de maio de 2011





Chegar..
na vida do outro
nem devagar demais
e nem depressa demais..
Muitas vezes..
prestar e gastar tempo
olhar com demora..
sentir como quem estuda detalhes de obra
.
Chegar..
na vida do outro
nem antes e nem depois
simplesmente na hora certa
do poder do encontro..
e "devagar" o sabor e a cor
e "devagar" os tons e as misturas..
.
Chegar..
e construir o ficar..
a ponto de as íris dos olhos se lerem
a ponto do silêncio não ser separador..
mas ser tão somente, detalhe..respeito..
Torres que montamos em legos reais
castelos que não se vão conforme as ondas aparecem..
batem forte nos concretos estabelecidos
Gastar tempo como se o tempo
nunca poderia ter a força de apagar..
.
Chegar..




E as ondas que bravejam naquele mar que advém ao porto..
Elas se batem com fúrias de destruir a força do vento
Como em campeonato de velocidade contra os humanos nos cais
Dançam e em tangos brincam de força e poder..
cinza e grafite ficam enquanto há tempo do céu não ser rasgado pelo sol..
A lua se escondeu..
a pressa é urgente em sua dimensão de cheia..
a luz que por entre brechas
se forçam ao encontro dos horizontes verticalizam ali,
batem com som e orquestramente tocam..
mesmo que de longe..
ali naquela pedra e rocha tocam..
os barcos dos navegantes viram brinquedos nas fortes ondas desse mar..



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