quarta-feira, 18 de maio de 2011

Dor indefinida... definida dor....

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Sente o sangue sair sem pulsar
sente cacos de vidro descerem pela garganta, sem abrí-la
sente o âmago do grito sem dar dimensão
sente o fim, sem ver o alívio dele, o descanso do corpo..
a dor desmedida de quem ultrapassa os limites dela..
que imensidão de lágrimas formam um lago que o sol que arde intenso, faz até secar..
as chagas são de moer o inatingível parecer..
morfinas viram água
o que fazer com algo assim ?



Essas redes que te seduziram..
Te venderam solução que ao toque era a pura verdade
Ao jogar pra dentro das tuas dimensões
Te viu esquecer as dores cruéis que a vida te deu
Então..jogada num laço com nó, voou pra dentro de euforias
Orgasmo sintético, mil vezes orgasmos..
Orgasmo que não dura segundos ou minutos..
Orgamos mentais, correm no corpo todo como choque e anestesia
Duramente estático o corpo que pede mais..quer sempre mais..
Insaciável corpo louco..
Ao fim de um orgasmo sexual, o corpo relaxa, amolece..
Delícia a sensação..
Ao fim de um orgasmo químico, alucina, inquieta..
deprime o que estava bom..estranho né ?
Estava tudo tão bom e louco, nessa bola de satisfação
quase eterna..longa..
adormeceu e caiu num corpo que apodreceu com o tempo..
Onde foram parar os meus orgasmos ?
Eles ficaram frígidos com meu vício..
Eu quero eles de volta !! vou aumentar as doses..
uma, duas, dez, vinte..
Puff !!! puff !! puff !! puff !!
O corpo não tem mais a dopamina tão desenhada no céu..
As portas do inferno tocam a liberdade que lhe foi dada..
dada ? quando ? onde ?
Entre o ir e o vir..
Entre o sim e o não..
Entre a mentira e a verdade .. paradoxos sim.. claro..
Quase um jogo..
Quase..um orgasmo real..


Ás vezes preciso de um tempo comigo
desses que sentamos e vagamos com a mente..
preciso achar minha intensidade nas minhas esquinas
escrevendo me soa a arte de mirar-me sem espelhos
e por falar que sou um ser mutável..
e que necessidade sinto de fugir de esferas fixas
ÁS vezes preciso de um tempo com os outros
olhar e admirar suas particularidades
ao olhar, admiro, faço observância 
E no que noto, me esboço, me rascunho nos pensamentos..
gosto da diferença dos demais.. dos quais..sou..
Ás vezes preciso de um tempo com ele
E tentar achar-me nele
E ainda tentar me buscar no elo que há
Tem coisas que me unem, que nem é meu..
Mas acaba sendo nosso, por estar próximo
E me difuso nessa linha de trilho de trem..
gosto do sentir da dopamina em ebulição
gosto do fogo que queima e que tenho temor de tocar..
curto essa situação do ser cautelosa
e de muitas vezes ser bem louca..
um monte de mim em uma só..
uma vez tentaram me definir apenas me lendo aqui..
nossa.. pirou né..nem eu me defino, "magina"..
Acho pequeno quem fica tentando sempre te dar conceitos
não sigo a esses..
sou peças que querem ser mais..
sou peças que em mim olho e admiro
sou peças que quero sempre mais e em outras almejo moderação..
Esse blog já foi quente, já foi amoroso, já foi sutil
já foi terno, já foi infantil
já cheirou pecado, já cheirou mudanças
já teve sabor de lábios doces
já teve sabor de pipoca de final de filme..
é apenas um espaço com tamplate e configuração
um espaço num ponto exato na net..
Adoro né..
ás vezes falo de mim, ás vezes falo do que sinto
do que vejo nos outros, ou no foco que dou numa figura, numa foto, numa imagem..e assim vai..
é uma doação a mim mesma.
um dia posso olhar e ver que preciso usar delete
ou posso dar continuidade como a nossa vida é..
contínua e mutante..
sou ora semente desgarrada do solo plantado
e ora sou uma boa colheita..
quem saberá ? 


Estou tentando ficar quietinha.. na minha..sorrateira..
você não deixa...
Estou tentando me esconder, me entreter, me pausar..
Jogar um pouco de água no fogo que insiste
"bichinho" interior que diz acende..
Faz tempo..To tentando ficar quietinha
Você não deixa..
To dançando entre o gritar e o silenciar
To assim de bobeira no esconderijo sequestrado
Mas nos sonhos.. Inquietantes sonhos reais..
Transpiro ao lembrar de ti..
E como me esconder das cenas ?
Sinto o gosto .. Sinto a temperatura..
Os meus lábios ficam mordidos..
E como disfarçar que acordei e que queria mais ?
To tentando .. Você não deixa..


Brincando de mim...

Derramo meus rascunhos aos pés do vento
E peço ajuda na formação da minha escrita
Faço uma oração aos firmamentos
Para que encontre os reais versos desse trajeto em tempo..
.
Derramo meus rascunhos aos pés da sombra
Para brincar com a miragem que faço de mim
Em tempo..No descobrir dos meus passos
Assim na areia que faço ..
.
Derramo os meus anseios e desejos
Num baú que faço em relicário
Para que no meu momento oportuno
Eu me faça brisa e me faça tempestade..
.
Enquanto isso, eu vou brincando com meu ser
De entender os rumos do meu coração
Assim querendo e (des)querendo
Assim sendo ..Admirar meu sol..
bipolar, bifásica e bilingue das minhas palavras...


Submergi em águas de amor
Banhada em uma límpida emoção
Chamei teu nome de dentro pra fora..
E ouvi o som de ondas se aproximando..
Quão enorme é o encontro dos olhos saudosos
Meu choro foi lembrado
Porque queria ver-te em chamas
E ao intronizar um mesmo lugar
Nos tornamos a certeza
de que não conseguimos mais..
Viver sem o outro
Sejam em águas
Imersas ou Submersas
Somos nós dois no mesmo barco..
E nos mergulhos da vida.


Numa gota
Tão somente num orvalho...
Aquele...
Que foi escrito
Anjo que suspirou
Anjo que segurou a mão
Ainda em tempo
Onde o que estava perdido...
Achou-se
E onde o que é esperança
Tornou-se real..
Numa gota
Tão somente num orvalho...
Agarrou-se e venho agradecer..

Você se foi querida.. E não consegui segurar com minhas mãos
A tua vontade de morrer foi maior que a de viver..
Perdi as contas das vezes que te fiz desistir de fazer isso contigo
Das madrugadas em conversas, lutas e inspirando esperança
Ah ! O coração sangra, derrama pelo chão de mim..
De tantas coisas que já pensei viver.. nunca pensei ..nunca..
Você ta indo e tenho medo até de tentar ter esperança ainda
Porque as luzes acesas se apagaram..
Menina Jó que não consegui puxar ..
Queria .. não pude..não consegui.. hoje pouco sou..pouco
O rosto banha a chuva da saudade..
Anjo, por quê? Te falei que teria fé por ti também
Que minha força seguraria tua fraqueza..
Por quê anjo ?..
.. .. .. Por quê minha menina inundasse em vícios traiçoeiros
..Ah querida, não queria te ver flutuar em incertezas..
Queria te fazer planar em nuvens de paz..
Ah ! Ah ! Ah ! Sinto falta da sua voz e do teu silêncio
Por quê anjo?..
Ah! coração que sangra..Ah ! dói com palavras indizíveis..
Ah.. Por quê não segurou de novo ?


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